Pelo número de obras paralisadas por todo o Brasil, desde uma residência até grandes obras de infraestrutura, seja da iniciativa privada ou do poder público, todas padecem do mesmo problema básico: a falta de planejamento.

Infelizmente a atividade de menor custo em um empreendimento, o planejamento, é o mais negligenciado. Por quê? Porque não sabemos fazer planejamento e assim, os empreendimentos são “tocados” e não gerenciados!

“Tocar” uma construção qualquer um “toca”, gerenciar uma obra aí são outros quinhentos. Gerenciar demanda o conhecimento de métodos e técnicas e os leigos (incluo aqui os colegas de engenharia e arquitetura) acham que sabem.

Como sempre digo: planejar não garante o sucesso do empreendimento, não planejar é certeza de fracasso.

Planejar também demanda o conhecimento de métodos e técnicas com saber conduzir uma reunião produtiva se utilizando do 5W – 2H, conhecimento da legislação como o Plano Diretor do município, pesquisar restrições do patrimônio histórico e ambiental, elaborar a matriz de risco, compatibilizar projetos, elaborar o orçamento, as curvas ABC, elaborar o fluxo de caixa e o estudo de viabilidade financeiras (VPL e TIR), análise do local, conhecer fornecedores, só para citar alguns pontos.

E a sua obra, teve ou tem um planejamento consistente?

Se a obra for pública, o planejamento envolve outras questões, como o profundo conhecimento do edital, do termo de referência, da exequibilidade do projeto, composição do BDI e conhecimento da Lei 14133, que rege os contratos de prestação de serviços e compras públicas.

Estou diferenciando as obras públicas das obras da iniciativa privada, porque na primeira, normalmente, os projetos e o planejamento foram feitos e colocados em licitação, apesar de que existem modalidades em que o projeto é também desenvolvido pela construtora que executará, mas é uma situação mais rara. Normalmente o poder público licita o projeto e a obra distintamente.

Na próxima postagem vamos comentar um pouco mais sobre o planejamento.

Abraços!